Sunday, September 1, 2013

Voltamos sempre ao princípio

Parece inacreditável que, passados mais de dez anos, eu tenha retomado este blog e conseguido recuperar o seu nome. Foi aqui que tudo começou.
Aqui, e agora, sim. Voltei a casa. Posso agora retomar esta página em branco. 
Tenho muitas histórias para contar. Tenho uma vida inteira. Vou começar devagarinho de onde o deixei. Será um texto a vários actos.

Tenho tempo. Tenho, aliás, todo o tempo. Estou agora a guardá-lo para mim.

Hoje matei pessoas. É preciso fazê-lo quando saem das nossas vidas. E a nuvem desfez-se. Vi à minha frente, sem sombra de dúvidas, o que quero para mim. Foi tarde. Foi trapalhona a forma como conduzi o processo. Ao certo, cobrei coisas que eu própria não consegui entregar.
Deixo-te ir. Porque mo pediste. Porque encobriste o real motivo debaixo de uma desculpa esfarrapada. Isso não posso perdoar. O amor não deixa partir. Se deixar, então é outra coisa qualquer. E porque mo pediste, vou deixar-te ir. Mas sabe. É a ti que eu amo, és tu quem eu quero. Sem reservas. Digo-o com frieza, apesar de doer no corpo todo. Apesar da certeza de não voltar a aninhar-me nos teus braços ou mergulhar na embriaguez do teu olhar.
Encaixota-se e deita-se isto fora. Que não serve, não é crescido o suficiente para vencer o que quer que seja.
Amo-te. Odeio-te. Sai de mim.




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